terça-feira, 14 de junho de 2011

Desabafo.

A importância da educação como um todo, é indiscutível em todos os setores que se pode imaginar e com a alimentação não é diferente. Pensando em educação e não em reeducação alimentar.
Ponderando os problemas de saúde existentes nos dias de hoje, observa-se que na infinita maioria são causados por maus hábitos alimentares, hábitos esses que vêm de anos de alimentação errada. O porquê disso vem de longa data, a sociedade não foi orientada para essa alimentação saudável.A falta de informação reinou durante muito tempo nas famílias, nas escolas e principalmente na mídia. Com a chegada da globalização, com a facilidade de informação,com a mídia usando vários programas para mea culpa, já se pode dizer que se está em um estágio a frente do que um tempo atrás, informações importantes que antes não eram sabidas ou não eram divulgadas, estão aí estapeando a cara das pessoas, é gordura trans, produtos trangênicos, corantes, perigos do exagero com açúcar e sal, enfim, a informação está por aí. Por isso, hoje, apela-se para o bom senso e a consciência da sociedade para uma alimentação mais regrada e balanceada.
O trabalho da Nutricionista, na atualidade, serve para estancar a ferida, apagar incêndio, já que quando procuram uma, estão com algum problema de saúde ou insatisfeitos com o corpo. Procuram a profissional quando o problema já está formado e a partir disso, tentam iniciar uma vida baseada em uma alimentação adequada para seu estilo de vida.Quantos problemas poderiam ser evitados se a alimentação fosse feita da forma correta desde o berço?
As nutricionistas deveriam estar presentes nos colégios de uma forma mais completa, não só nos refeitórios, preparando os cardápios .É lá que tudo acontece, é no colégio que são formados os cidadãos junto com as famílias. Não basta preparar o cardápio, ter cuidado com  a preparação e exposição do alimento, se não se tem o poder de montar o prato da pessoa.
Podemos verificar isso se freqüentarmos por uma tarde alguma instituição de ensino que seja servida a comida tanto para crianças quanto para adolescentes. As crianças não colocam imposições sobre o que deve ser comido, elas comem, repetem e de fato se alimentam de forma correta porque existem pessoas instruídas montando a prato delas. No momento em que os adolescentes chegam ao refeitório e os pratos estão montados na mesa, o que se vê é um prato com porções minúsculas de preparações, outro transbordando de carboidrato, outro comendo só a sobremesa, outro não comendo nada. Enfim, tudo errado. Como pode, as crianças crescem e regridem nesse quesito, falta de informação, nada mais.
O Nutricionista deveria ter presença garantida nas grades curriculares, formando as crianças desde cedo, mostrando a importância e os riscos da alimentação. Seria uma disciplina com abordagens diferentes, de acordo com a série em questão.          
Nas aulas para crianças menores, a nutricionista pode oferecer alimentos diversificados, explicando o que é cada um, de onde cada um veio, como é fabricado, qual tipo de árvore, se é colhido no chão, entre outras curiosidades que as crianças quiserem saber.
Com base em seus conhecimentos, a nutricionista pode desenvolver atividades proporcionando a aceitação da alimentação, como, por exemplo, trabalhar com jogos lúdicos sobre a importância dos alimentos, oficinas culinárias estimulando a provar novos sabores, teatro de fantoches com histórias divertidas sobre alimentação.
Em aulas para adolescentes, já se pode tocar em assuntos como distúrbios alimentares e suas conseqüências, falar sobre a  alimentação  como aliada à longevidade, falar sobre deficiências nutricionais e suas conseqüências.
Popularizar as informações relacionadas a nutrição e saúde,transforma, sem dúvida, a geração que estar por vir, preocupada com a alimentação, nem seria preocupada a melhor palavra, já que houve um contato íntimo com a nutrição desde criança, serão conceitos incorporados ao dia a dia, que farão com que tenham melhores escolhas alimentares inconscientemente.
Pode-se concluir que a implantação de programas de educação nutricional nas instituições de ensino colaborará com a prevenção e a promoção da saúde, agregando benefícios à escola, aos escolares e aos responsáveis. Assim, todos saem ganhando.